Não importa o quanto os fãs protestem, “Akira” vai ganhar um remake Hollywoodiano. E parece que, assim como aconteceu com os heróis de quadrinhos, há uma chance de que o mercado das animações japonesas torne-se a nova fonte de ideias de Hollywood.
Oras, a adaptação de “Kite” é um sinal de que isso já pode estar acontecendo.
Assim, pensei em cinco animes que poderiam ser adaptados por Hollywood com um mínimo de alterações e que, se fossem fiéis ao material de origem, gerariam produtos fantásticos. Vamos a eles.
Aliás, alguns dos vídeos apresentado neste artigo terão conteúdo bastante violento. Prossiga por sua conta e risco.
“Devilman”
A obra prima do “Mestre do Macabro”, Go Nagai. Em “Devilman”, o estudante Akira Fudo descobre através de seu amigo, Ryo Asuka, que demônios aprisionados nas profundezas da Terra desde a Era Glacial estão prestes a serem libertados para reclamarem o planeta. A única chance de salvação é que os dois fundam-se aos demônios na esperança de se tornarem fortes o suficiente para deterem a invasão.
“Devilman” nasceu como uma crítica à guerra e faz uma alegoria bastante inteligente à paranoia que recai sobre qualquer país envolvido em um conflito.
Esta animação ganhou uma versão em live action produzida no Japão – completamente abominável. Neste caso, quem sabe Hollywood não conseguiria fazer algo melhor?
“Golgo 13″
Criado por Takao Saito em 1969 (e com histórias desenhadas por ele até hoje), Duke Togo, codinome “Golgo 13″, é o maior assassino profissional do mundo. Ele cobra milhões de dólares por cada alvo e exige ouvir as razões de seus clientes antes de aceitar um trabalho, mas, uma vez que o aceita, ninguém lhe escapa.
Suas histórias podem ser consideradas algumas das melhores já escritas entre o gênero de ação policial. Duke envolve-se em tramas complexas, cheias de intriga e que, muitas vezes, encerram-se de modo inesperado. Inúmeros fãs o consideram o equivalente japonês ao James Bond.
Assim como “Devilman”, “Golgo 13″ também já teve versões em live action. Igualmente abominável.
Mais uma vez, Hollywood poderia trazer uma solução para este problema. Talvez Michael Mann se interessaria por este projeto.
“Black Jack”
Um dos trabalhos mais conhecidos de Osamu Tezuka, ninguém menos que o pai do Mangá como o conhecemos hoje. “Astro Boy” também é uma de suas criações.
Black Jack é um gênio da medicina, capaz de realizar qualquer operação e curar quase qualquer mal. Ele se afastou da prática legalizada de medicina ao perceber que não teria as mãos atadas pela burocracia e poderia salvar mais vidas agindo por conta própria.
Assim, ele montou uma clinica próxima ao mar, onde seus serviços ficam à disposição de qualquer um. Suas habilidades custam uma fortuna, mas ele doa grande parte deste dinheiro para diversas obras de caridade e não se nega a ajudar gratuitamente pessoas pobres, desde que a história de suas vidas o comova.
“Black Jack” é uma obra inteligente e sensível, que cairia como uma luva para um diretor como Ron Howard.
“Macross”
De acordo com o criador Shoji Kawamori, “‘Macross’ é uma história sobre um triângulo amoroso em meio a um grande conflito espacial”.
A série original mostra o primeiro contato da raça humana com os Zentraedi, uma espécie composta por humanoides de proporções colossais, vindos de um mundo unicamente belicista.
Apesar dos fantásticos combates espaciais, a série foca-se principalmente no relacionamento e desenvolvimento dos personagens. Hikaru Ichijiyo é um piloto da força aérea terrestre, que permanece eternamente dividido entre Lynn Minmay (sua amiga que torna-se uma estrela da música) e Misa Hayase (sua superior e colega nas forças armadas).
A série também mostra de forma brilhante como uma raça, que há muito abandonou qualquer tipo de humanidade, aos poucos a redescobre ao se deparar com coisas simples como uma canção.
Alguem dê este projeto para Steven Spielberg, ele faria miséria!!!
“Vampire Hunter D”
“Vampire Hunter D” é inspirado na série de livros homônima do autor Hideyuki Kikuchi. Nela, a Terra foi devastado por um holocausto nuclear, o que deu a chance dos vampiros e monstros, que antes se escondiam nas trevas, de clamarem seu lugar no mundo. Os vampiros, em especial, se aproveitaram da situação para manipular o desenvolvimento da sociedade da maneira que lhe fosse mais útil.
Logicamente, caçadores de vampiros surgiram por todos os lados, dispostos a eliminarem os “nobres” (como os vampiros se autodenominam) e enriquecerem no processo.
Em meio aos caçadores está “D”, um misterioso homem de poucas palavras e imensas capacidades. Na verdade, ele é um “Dhampir”, filho de um vampiro com uma humana, e devota sua existência atormentada a livrar o mundo daqueles que são como ele.
A série mistura elementos de fantasia, terror, romance, faroeste e ficção científica. O mundo criado por Hideyuki Kikuchi é fascinante e detalhado, assim como cada um de seus habitantes. E uma vez que existem inúmeros livros com o personagem (dos quais apenas dois foram adaptados para animação), existe a chance de que uma longa franquia seja criada para ele.
Peter Jackson poderia assumir esta série com um braço amarrado nas costas e entregar vampiros durões ao mundo, algo que faz muita falta hoje em dia.
Fonte Desta Matéria : http://blogs.pop.com.br
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