Seguidores

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Detalhes da entrevista de Axl Rose ao That Metal Show!


Sobre o lançamento de um novo material:


- A gente está vendo o que vai fazer, estamos com novo manager, vamos ver o que fazer com a gravadora.


Sobre os planos de tocar junto com Duff Mckagan:


- Nós vamos fazer uns shows com Duff.


Sobre o show em Londres que teve participação de Duff Mckagan:


- Eu estava no meu hotel em Londres e ouvi Duff no corredor falando com alguém. Eu não tinha idéia de que ele estava ali. As pessoas falam que foi coincidência e eu não sei bem se acredito nisso ou não. Bom, de qualquer modo Duff estava lá e eu convidei ele para o show e Tommy deu o baixo para ele tocar. Eu tinha dito pra ele que se ele quisesse tocar alguma música era só falar, que ia ser legal. Mas Tommy chegou e deu o baixo pra ele tocar "You Could be Mine". E eu estava lá cantando e de repente olho para trás e Duff está do meu lado no palco. Foi legal, a gente se divertiu, a esposa dele é legal, a gente saiu e passou um tempo junto, foi legal.


Sobre Izzy Stradlin tocar na turnê pelos Estados Unidos:


- Era para Izzy estar aqui hoje nesta noite, ele tentou dirigir até aqui mas ele não pôde vir. Porque eu vi uma coisa e mandei uma mensagem de texto pra ele. Eu ouvi uma música dos Rolling Stones que eu nunca tinha prestado atenção antes, chamada "Please Go Home", e depois eu ouvi uma das músicas do Izzy chamava "Please Go Home" e eu vi que era a mesma música, que era uma versão da música dos Stones, e eu gostei da versão dele, então eu mandei uma mensagem de texto pra ele. E ele respondeu: "Ei cara, você está tocando, talvez eu te encontre em Miami".


- Eu acho que Izzy comprou um ônibus de turnê pra ele e ele mesmo dirige o ônibus. Ele adora dirigir, vai ao deserto dirigir, ele tem músicas sobre ficar dando cavalos de pau.


- Aliás o fato de Izzy sair por aí dando cavalos de pau ajudou "Sweet Child O' Mine" a estourar. Eu conheci uma garota no bar e tive que sair porque Izzy tinha levado a limousine embora e estava fazendo dando cavalos de pau em Dallas, bêbado. Isso era na época em que a gente ainda estava fazendo turnês em clubes. Eu esqueci que eu tinha convidado ela e eu já tinha convidado outra pessoa, e aí os dois chegaram juntos na porta, e eu apresentei essa garota para o cara da rádio, ele gostou, e viu meu disco.


Sobre o surgimento da letra polêmica de "Get In The Ring":


- É verdade que eu tive a chance de falar o que quis na "Get in the Ring", mas essa música é mais um exemplo de como as coisas são distorcidas. Sair xingando todo mundo não foi minha ideia, aquilo foi idéia de Tom Zutaut e Duff Mckagan. Porque tinha um espaço em branco na música e eu estava tentando pensar em como completar a letra, eu me lembro de ficar pensando: "Putz eu tenho que fazer alguma coisa aqui". E eu me lembro que eles chegarem e falarem: "Ei, porque você não aproveita para detonar Andy Secher e Bob Guccione Jr". E eu disse: "Pô, pode ser uma boa", e eu fiz aquilo e todo mundo estava feliz com o resultado. Mas quando a merda foi pro ventilador, todo mundo saiu de fininho. E eu fui ingênuo e não percebi as guerras políticas que aconteciam naquela época entre as gravadoras, as relações que eles tinham com as revistas Rolling Stone, Spin e outras. Eu tipo caí numa armadilha e ninguém deu um passo à frente para dizer alguma coisa. Me desculpe por falar isso, mas as coisas foram feias desse jeito.


Sobre a sua fama de ser uma pessoa hostil:


- Tem tantas coisas que as pessoas dizem sobre mim que estão erradas. Muitas coisas. Você sabe, faz tipo duas décadas que as pessoas estão falando sobre mim. E muitas vezes as pessoas estão falando sobre coisas que alguém com uma visão distorcida disse, ou mesmo sobre alguma coisa que um dia alguém falou brincando e que depois. Por exemplo: as pessoas dizem: "Axl é um ditador". Eu sei exatamente onde e quando isso começou. No começo da nossa carreira, essa mulher chamada Beth estava entrevistando a gente e Izzy me chamou brincando de 'Aiatolá'. O negócio começou ali. Eu não percebi que deveria desmentir aquilo na hora. E o resultado é que as pessoas ficam dizendo um monte de coisas. Um monte de gente acha que eu fico processando um monte de gente por aí, mas a verdade é que um monte de gente me processa e eu quase não processo ninguém de volta. Quer dizer (Risos), eu não processo nem metade das pessoas que eu gostaria de processar.


Problemas com "You Cold Be Mine":


- A primeira vez que eu fui cantar "You Could be Mine" ao vivo eu pensei. "O que foi que eu fiz? O que eu fiz? Eu vou ter que cantar essa música agora do jeito que eu gravei no estúdio".


Sobre fazer exercícios vocais:


- Eu percebo que outras bandas tem problemas com o fato de eu e outros cantores fazermos exercícios de voz. Essas bandas não veem como uma coisa muito "de homem" fazer exercícios vocais, você faz uns barulhos e isso irrita as pessoas. Mas você precisa fazer. O problema é que se um cara está num canto exercitando os dedos ele não incomoda ninguém, mas se você começa a fazer exercícios de voz na frente das pessoas você irrita todos que estão por perto.


Sobre a indicação do Guns N' Roses do Rock N' Roll Hall Of Fame:


- Eu não sei o que isso a eleição do Guns N' Roses para o Rock N' Roll Hall Of Fame vai significar em relação à banda velha, aos antigos integrantes. Eu não sei o que acontecerá se nós fossemos eleitos, o que eles do Rock N' Roll Hall Of Fame vão pedir para mim fazer, eu realmente não sei, as coisas estão no ar. É uma honra ser escolhido, apontado, nominado e sei que existe isso é uma coisa muito importante para os fãs e que eles gostariam muito disso, então por eles acho que seria uma coisa muito legal.


Sobre o seu relacionamento com a MTV:


- Eu tenho bons e maus sentimentos em relação à MTV, como acho que muitas pessoas também têm. Mas não há como negar que eles ajudaram a gente a explodir. As pessoas gostaram dos vídeos que a gente fez, das nossas músicas e do que a gente fez neles. O problema da MTV é que em determinado ponto as pessoas começaram a dar valor apenas às bandas que faziam vídeos bons e começaram a ignorar as músicas, e algumas bandas não tinham sucesso porque os vídeos e a imagem não eram de determinado jeito. Eu acho que a música para mim não precisa de um script. Essa é uma das razões porque não temos vídeos para "Chinese Democracy", eu queria que as pessoas pudessem ouvir o disco, que tivessem um tempo para fazer isso.


Sobre os fãs da America Latina:



- O Brasil tem um jeito de gostar de mim que é diferente do jeito que a Argentina gosta de mim e que é diferente do jeito que o Chile gosta de mim.


Sobre relacionamento da banda:



- Os caras da banda chegam para mim e dizem: "Ei Axl, o Frankie quer tocar tal música". E eu digo para eles dizerem que ninguém perguntou ao Frankie o que ele quer (Risos).


Sobre as expectativas de "Chinese Democracy":


- Eu acho que "Chinese Democracy" já fez isso correspondeu às minhas expectativas e acho que pode fazer mais ainda. Pessoas do mundo todo gostam de várias coisas do álbum e as pessoas reagem bem nos shows quando tocamos algumas músicas ao vivo. Acho que está funcionando.


Sobre os fãs jogar coisas no palco:


- O público estava excitado e veio uma cerveja voando no palco. Às vezes a gente para de tocar Chinese no meio porque alguém joga algo no palco, mas desta vez eu pensei: "Não! Vamos deixar essa música de lado, vamos direto para 'Welcome To The Jungle' para começar o show".


Sobre a escolha da capa de "Appetite For Destruction":


- Na época do começo da banda David Geffen me deu um sermão dizendo que eu tinha escolhido a capa errada de "Appetite for Destruction", que era por isso que a gente não estava vendendo discos. Mas aquilo tudo usar uma capa polêmica, que acabou sendo banida das lojas dos EUA já estava planejado justamente para vender mais discos. Já estava tudo certo: se a primeira capa fosse banida nós já tínhamos a segunda pronta. Mas a verdade é que a capa original, que nunca foi feita, ia ser a foto do ônibus espacial Challenger explodindo. Eu pensei, bom, se essa foto está na capa da revista "Time" então a gente deve poder usá-la também. Não era para criticar a explosão nem nada parecido, é que aquela foto era muito foda, eu fiquei chapado quando vi e queria ela na capa do disco. Mas os caras disseram "Não, isso é de mau gosto". E eu disse, "Ok, e essa aqui?" e eu já tinha a foto da capa que acabou sendo escolhida nesse cartão postal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário