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terça-feira, 29 de novembro de 2011

John Lennon: há 37 anos, no palco pela última vez !

No dia 28 de Novembro de 1974, Elton John chamava John Lennon ao palco do Madison Square Garden. Juntos, cantaram "Whatever Gets You Thru the Night", single que estava em primeiro lugar nas paradas à época e "I Saw Her Standing There", hino imortal dos Beatles.

O que ninguém imaginava é que aquela seria a última vez que John participaria de um show em sua vida - posteriormente ainda apareceria em especiais para televisão, mas nunca mais em algo dessa magnitude. Por uma daquelas ironias do destino, sua última música nessa situação seria uma que foi cantada originalmente por Paul McCartney.






O registro ao vivo da segunda canção seria lançado no lado B do single de "Philadelphia Freedom", de Elton. Posteriormente, ainda sairia no Box Set Lennon.




Guns N' Roses em votação de melhor turnê do ano!

O site Ultimate Classic Rock abriu uma votação para saber qual foi a melhor turnê de 2011, e é claro que o Guns N' Roses não poderia ficar de fora dessa.


Entre diversas outras turnês de outras bandas, membros do site escolheram estas:


Rush
Journey / Foreigner / Night Ranger
Alice Cooper
Kiss
Motley Crue / Poison / New York Dolls
Guns N' Roses



A votação irá até o dia 01 de Janeiro de 2012, e o resultado será anunciado no dia 3
.




Nova imagem do set de 'Resident Evil: Retribution !

Mais uma imagem do set de 'Resident Evil: Retribution' foi divulgada.
Ela mostra Alice (Milla Jovovich) e Ada Wong (Bingbing Li).
O primeiro trailer deve sair próximo ao Natal deste ano.

Sienna Guillory retorna como Jill Valentie, e Milla Jovovich volta a viver Alice. O elenco ainda conta com Michelle Rodriguez, Colin Salmon, Shawn Roberts e Boris Kodjoe. Johann Urb, visto brevemente em '2012', ficará com o papel de Leon Scott Kennedy, oficial da polícia de Raccoon City A chinesa Li BingBing ('O Reino Proibido') foi escolhida para viver Ada Wong, agente secreta chinesa que apareceu nos vídeogames 'Resident Evil 2' e 'Resident Evil 4'.
Paul W.S. Anderson retorna como roteirista e diretor. Ele roteirizou todos os filmes, e dirigiu o primeiro e o quarto.
O longa terá cenas gravadas em Toronto, Canadá e Tóquio, Japão.
'Resident Evil: Retribution' estreia em 14 de Setembro de 2012.

Lançado em 2002, o primeiro filme arrecadou mundialmente mais de US$ 100 milhões. A continuação, 'Resident Evil 2: Apocalipse', que chegou aos cinemas em 2004, obteve bilheteria de cerca de US$ 130 milhões. 'Resident Evil 3: Extinção' fez US$ 150 milhões.

Com a ajuda do ingresso mais caro do 3D, 'Resident Evil 4: Recomeço' arrecadou US$ 290 milhões mundialmente.

A franquia é baseada numa série de videogame criada no Japão e responsável por popularizar o gênero do "survival horror'' nos games.




Games O Passar Do Tempo, A Evolução - Parte 2 !

Foi aqui que a Sony entrou no mercado dos games, pegando tanto a Sega quanto a Nintendo desprevenidas. Essa foi a geração com mais consoles disputando o mercado, pois além dos grandes analisados abaixo, tivemos também o retorno da Atari (com o Jaguar, possivelmente o maior fracasso da história dos games) e o 3DO, que chegou a dividir o mercado com o Mega Drive e que chegou a deixar muitos jogadores indecisos se era ou não melhor que o Neo Geo. Boa parte dos jogos de 3DO eram versões melhoradas de jogos lançados para o Sega-CD, o que prejudicou seu desempenho, devido à falta de bons jogos exclusivos e os altos preços, tanto para o console quanto para os jogos.

Essa geração também marcou o início das alavancas analógicas e dos jogos em 3D, o que, na minha opinião, deixaram a maior parte dos gráficos inferiores aos da geração passada. Pretendo escrever um texto para falar sobre isso um dia, então não vou me estender muito aqui. Foi aqui também que os jogos deixaram de ser diversões ocasionais, para se tornarem uma experiência pela qual, com raras exceções, se passa apenas uma vez. Se até a geração anterior, jogávamos Golden Axe ou Final Fight (jogos que costumavam durar menos de uma hora) várias vezes até o fim, aqui isso já se tornou um benefício para poucos, já que a maior parte dos jogos começou a durar mais de oito horas.

Uma curiosidade em relação a essa geração é que foi aqui que os videogames começaram a ser algo mais focado em jovens adultos. Ao contrário de quase tudo do ramo do entretenimento, o mercado dos games cresceu junto com o seu público, o que significa que boa parte das pessoas que jogavam os Marios e Sonics da vida nos consoles de 8 bits são as mesmas que hoje curtem fatiar um monstro com uma serra elétrica no Gears of War. Para uma criança de hoje, tentar começar a jogar videogame, com suas alavancas analógicas, dezenas de botões e câmera manual, é um verdadeiro suplício e acredito que você sabe muito bem disso, até porque muitos dos seus amigos não devem compartilhar dessas habilidades que nós temos automaticamente, por termos acompanhado desde o (quase) início. ;)

Saturn

Fabricante: Sega

Lançamento: 1994

Sobre o console: Foi o último videogame da Sega que eu tive e, infelizmente, não consegui aproveitá-lo como gostaria. Era quase impossível encontrar jogos para ele no Brasil e poucas locadoras tinham jogos para o console. Além disso, nessa época estava começando a gostar mais de música do que de videogames e estava chegando à idade do vestibular, o que não me deixava com tanto tempo para jogar e me informar sobre o mundo dos games. Em comparação com os concorrentes, era o tecnicamente mais poderoso, mas não teve muita chance de mostrar a que veio.

Sobre o controle: Maravilhoso! Talvez o melhor da história. Seis botões na parte da frente, dois de ombro e um direcional tremendão deixavam-no perfeito para qualquer jogo de luta. Não por acaso, o que mais joguei no console foi Street Fighter Collection. Teve também uma outra versão analógica que vinha junto com o fofucho jogo Nights, mas que eu nunca tive oportunidade de experimentar (embora ache o jogo em questão bem legal). Esse controle analógico saiu apenas alguns dias depois do de Nintendo 64, o que deixa difícil de sabermos com certeza quem teve a idéia primeiro.

Sobre os jogos: Conheço poucos jogos, mas os que conheço, gosto muito. Além do já citado Street Fighter Collection, tem a série Virtua Fighter, para quem gosta de luta em 3D. Particularmente, eu prefiro em 2D. Tem também a série Virtua Cop e House of the Dead. No geral, os mais conhecidos são adaptações de fliperamas de sucesso da Sega. O mais legal de todos, na minha opinião, é Guardian Heroes, talvez o melhor beat’em up da história e exclusivo de Saturn. Se você nunca jogou, dá um jeito, pois vale a pena! :-)

Pontos fortes: O controle. Gráficos e sons permitiam filmes perfeitos, como vemos em Shinobi.

Pontos fracos: Não foi apoiado pelas softhouses, que se sentiram traídas pelo fato da Sega ter abandonado o 32X quando elas ainda estavam fabricando jogos para eles (mais sobre esse assunto no tópico do Dreamcast). Teve menos jogos que os concorrentes e era quase impossível encontrá-los no Brasil, mesmo piratas. Não teve nenhum jogo decente estrelado pelo Sonic.

Carros-chefes: Tomb Raider (que foi desenvolvido especificamente para o Saturn e depois adaptado para os outros), Street Fighter, Virtua Fighter, Virtua Cop, House of the Dead, Guardian Heroes.

Playstation/PSX/PSOne

Fabricante: Sony

Lançamento: 1994

Sobre o console: O Playstation foi um console que só deu certo por causa da pirataria ou, pelo menos, essa foi a impressão que sempre tive. Todo mundo que o comprava sempre dizia que o escolheu porque gastava uma vez com o console, mas depois podia se encher de jogos, comprando-os a preço de banana. Isso é ainda mais óbvio quando vemos que a quantidade de consoles vendidos do PSX foi imensa, porém, a quantidade de vendas de jogos foi inferior à dos outros principais concorrentes. E, sinceramente, não tinha mais nada aqui que justificasse sua popularidade. Quando os jogos saíam para as outras plataformas, as versões do PSX eram as piores (quem não se lembra do X-men Vs Street Fighter, que não deixava trocar de personagens durante a luta?) e mesmo seus jogos exclusivos, via de regra, não eram grande coisa. Mesmo assim, vendeu 100 milhões de unidades (aliás, foi o primeiro console da história a atingir esse número), deixando o segundo lugar da geração, o Nintendo 64, com a maior cara de “alguém anotou a placa do caminhão?” e “apenas” 30 milhões de consoles vendidos. Uma curiosidade aqui é que a Sony roubou a estratégia que a Sega usou na geração anterior. Com Sonic e Mario disputando espaço nos desenhos de TV, a Sony posicionou seu console como a opção para gamers mais velhos e, aparentemente, deu certo.

Sobre o controle: Anatomicamente razoável (parece um controle de SNES com “presas” ou “chifres invertidos”) e com quatro botões de “ombro”, o que é legal. Porém terrível em todo o resto. Os quatro botões de frente não têm nome, mas símbolos: uma bola, um quadrado, um X e um triângulo. Se a ordem invertida da Nintendo já era ruim, o que podemos dizer de botões que simplesmente não têm nenhuma ordem lógica? E não é só, piorar o que a Nintendo já fazia de ruim parecia ser o objetivo da Sony, já que o direcional consistia de quatro botões independentes, o que era ainda menos apropriado que a famosa “cruz” da Big N. Posteriormente, foram lançadas outras versões do controle, incluindo duas alavancas analógicas e vibração, mas mantendo todos os problemas citados acima.

Sobre os jogos: Teve o início de algumas boas franquias e a continuação de outras, mas, para ser sincero, não gosto de quase nenhuma delas. Posso citar, entre elas, Crash Bandicoot, Final Fantasy VII, Gran Turismo, Resident Evil, Tekken, etc. Meu preferido, contudo, foi Tenchu, o primeiro jogo stealth que eu joguei, e que me deixou bem impressionado. Também foi o console responsável pela popularização dos jogos de dança, que usavam um controle popularmente conhecido como “tapete”.

Pontos fortes: A pirataria. Só isso.

Pontos fracos: O controle. Gráficos e sons são os piores da geração.

Carros-chefes: Final Fantasy VII, Winning Eleven, Gran Turismo, Resident Evil, Tekken, Dance Dance Revolution e, principalmente, a pirataria.

Nintendo 64

Fabricante: Nintendo

Lançamento: 1996

Sobre o console: Talvez o maior erro da história da Nintendo. O 64 foi uma sucessão de más decisões, a começar por pular a geração dos 32 bits e, mesmo assim, fazer um console tecnicamente inferior ao Saturn. Além disso, deu um passo para trás, escolhendo cartuchos como mídias. Pois é, a sempre inovadora Nintendo, que popularizou coisas como os botões de “ombro”, os portáteis e tantas outras novidades, foi contra a tendência da época e se negou a usar CDs para os jogos. Por quê? O motivo oficial é que cartuchos têm um tempo de carregamento bem mais curto, mas provavelmente o motivo real é que CDs são muito fáceis de piratear. Por outro lado, desvantagens óbvias da mídia não faltavam, como o pouco espaço para armazenamento, que impedia que os jogos tivessem longas cenas filmadas, por exemplo.

Sobre o controle: Talvez o controle mais confuso da história dos games. Tinha o tradicional direcional digital em cruz (praticamente inutilizado), mas também tinha um analógico (o que deixava muito difícil para os jogadores se acostumarem, já que esse conceito não era comum na época e a maior parte dos jogos não davam a opção de você utilizar o digital para mover o personagem). Tinha seis botões na frente, os tradicionais A e B em uma ordem bizarra (dessa vez, se não me engano, o B ficava em cima e o A embaixo) e mais quatro amarelinhos que tinham nomes e funções extremamente estranhas. Em vários jogos, esses quatro botões controlavam a câmera, basicamente fazendo o papel que hoje é feito pela alavanca analógica direita. Além disso, o controle também tinha um gatilho (que ficava ATRÁS do controle) e dois botões de “ombro”. Confuso? Pois é, e olha que hoje quase tudo isso é comum, imagina na época em que era tudo novidade, quão difícil era jogar um título para crianças, como Mario 64. Ah, antes que eu me esqueça, também era possível comprar um acessório chamado Rumble Pack, que fazia com que o controle vibrasse. O primeiro jogo a suportar essa funcionalidade foi Star Fox 64, que é maravilhoso, diga-se de passagem.

Sobre os jogos: Aqui a Nintendo perdeu o apoio das softhouses que a acompanhavam há tanto tempo e teve que fazer quase todos os jogos ela mesma. Isso resultou em uma overdose de games estrelados pelo Mario, que se mostrou o personagem mais polivalente da história dos games, já que ele não só domina a ação, mas também manda muito bem andando de Karts, jogando tênis, saindo na porrada ou até mesmo jogando tabuleiro. Para um encanador, ele é deveras tremendão, diz aí! Mas verdade seja dita, embora tenha um excesso de Mario, a maior parte desses jogos eram bem legais e outros igualmente tremendões também foram lançados, como Starfox 64 e Goldeneye (que popularizou os FPS em consoles).

Pontos fortes: Os gráficos, embora mais limitados que o Saturn, eram capazes de criar imagens cartunescas bem fofinhas. Jogos como Mario 64, na minha opinião, têm até hoje gráficos belíssimos. Além disso, seus jogos focaram bem mais na diversão do que os seus concorrentes, que costumavam ser sérios e longos demais. Portanto, games como Mario Kart 64 ou Mario Party estão até hoje na lista dos que mais gosto de jogar.

Pontos fracos: Jogos em cartucho faziam com que os gráficos, no geral, só fossem bons para os que seguiam a linha Mario: fofinhos e coloridos. Além disso, cartuchos eram mais caros que CDs. O controle era cheio de inovações, o que deixava proibitivamente difícil para um jogador casual conseguir se divertir com o console. Para quem joga hoje, não tem nenhuma novidade ou dificuldade, mas lembro que a primeira vez que tentei jogar Mario 64, eu mal conseguia andar na direção que eu queria e só ficava frustrado pelo fato de não poder usar o direcional digital. Apesar dessa dificuldade, muitos lembram do Nintendo 64 como um console para crianças, o que é, ao mesmo tempo, verdadeiro e falso. Sim, a maior parte dos seus jogos são fofos e têm um jeitão infantil, mas o controle é tão complicado que as crianças da época não conseguiam jogá-lo. Então, o certo seria dizer que o 64 era um videogame para crianças grandes, aqueles caras com mais de 16 anos, mas que, mesmo assim, não perdem um filme da Disney. Como eu, e provavelmente, como você. ;)

Carros-chefes: Mario 64, Mario Kart 64, Mario Party, Zelda, Starfox, Goldeneye.


A ÉPOCA DO EMPURRAMENTO DE CAIXAS – 1998 a 2006

Essa foi a época da falência da Sega e do início do reinado dos jogos onde você passa boa parte do tempo empurrando caixas para lá e para cá ou andando até as fases (também conhecido por mim como a época negra dos videogames) – Satã amaldiçoe GTA por isso. Essa foi a geração que eu menos acompanhei e a primeira em que eu não cheguei a jogar todos os principais consoles. Foi também a primeira vez que eu não tive um videogame da Sega e só fui comprar meu PS2 no início de 2006. Aliás, essa geração consolidou o domínio da Sony no mercado de videogames, com uma posição que nem a Nintendo chegou a alcançar nos anos 90 (quando a Sega a encarava de frente). Agora não existe mais aquela divertida rivalidade entre seguistas e nintendistas: praticamente todo mundo se curva ao poderio da marca Playstation. Essa também foi a primeira geração onde a quantidade de bits se tornou irrelevante, já que outras coisas eram mais importantes para se medir o poderio técnico de um console.

Dreamcast

Fabricante: Sega

Lançamento: 1998

Sobre o console: Assustada com o Playstation, a Sega decide jogar o Saturn no lixo muito antes do necessário e, assim, iniciar a nova geração prematuramente. Assim como fez com o Mega, cujo objetivo era ser melhor que o Nintendinho, o Dreamcast foi construído para ser melhor que o Playstation. Big mistake, já que isso fez com que o filme da Sega ficasse queimado com a maior parte das desenvolvedoras que estavam fazendo títulos para um console que seria abandonado (lembre que muitos jogos começam a ser desenvolvidos anos antes do lançamento e ninguém esperava que o Saturn fosse abandonado de um dia para o outro, como aconteceu). Assim, muitas fabricantes boicotaram o futuro videogame, piorando a situação que já estava ruim por causa do 32X. Errar uma vez é humano, permanecer no erro é burrice. E foi exatamente isso que a Sega fez ao abandonar o Saturn. E pagou caro. Além disso, o Dreamcast foi ultrapassado meros dois anos depois de seu lançamento. Quando a briga pela geração em questão realmente começou, a Sega tinha um console ultrapassado e uma péssima reputação de abandonar seus produtos antes de tirar todo o leite que poderiam dar (vide Saturn e 32X), curiosamente o contrário da atitude que mostrou na época do Mega Drive (que teve seu tempo de vida estendido graças ao 32X e, principalmente, ao Sega-CD). Não deu outra, ninguém comprou o Dreamcast. Nem eu, que sempre torci para que ela detonasse a Big N. No final das contas, o console nem chegou a competir com o Gamecube da Nintendo, já que foi descontinuado antes mesmo do lançamento do Cubão. Do lado positivo, foi o primeiro a vir com funcionalidades online já de fábrica. Nos seus últimos dias, o Dreamcast chegou a empacar nas lojas, mesmo sendo vendido novo em folha a meras 50 doletas, mais barato do que um jogo hoje em dia. Um fim triste para uma grande fabricante, que alegrou muito a minha vida e a de tantas outras pessoas. Hoje, a Sega ainda existe como fabricante de games, mas poucos de seus jogos realmente merecem ser jogados, deixando muito a dever à criatividade e à imaginação que exibiu em seus tempos áureos. RIP, Sega.

Sobre o controle: Eu nunca joguei Dreamcast, então meus comentários aqui serão um pouco limitados. O controle era grande, dizem que desconfortável para segurar. Tinha quatro botões na frente, dois gatilhos, uma alavanca analógica e um direcional digital, curiosamente no terrível formato “cruz” da Nintendo. Também foi o único joystick da história que tinha uma tela onde, pelo que consegui descobrir, eram mostradas informações dos arquivos nos memory cards e alguns minigames podiam ser jogados.

Sobre os jogos: Dizem que este foi o console com os melhores jogos de luta da história (batendo até o especializado Neo Geo). Mas, francamente, não posso dizer com propriedade.

Pontos fortes: Uhn... os jogos de luta?

Pontos fracos: O tempo de vida curto. Difícil de encontrar, tanto o console quanto os jogos. Falta de apoio das softhouses.

Carros-chefes: Phantasy Star Online (o primeiro MMORPG de console da história), Sonic Adventure, King of Fighters, SNK vs. Capcom.

Playstation 2

Fabricante: Sony

Lançamento: 2000

Sobre o console: Ganhou o título de console mais popular da história, com mais de 105 milhões de unidades vendidas. Pô, todo mundo tem um PS2. Assim como o anterior, a facilidade para piratear também ajudou muito na popularidade. Suas funcionalidades online só foram implementadas posteriormente, devido à concorrência do Xbox. Uma das coisas mais legais introduzidas aqui é a retrocompatibilidade de série, a coisa mais óbvia do mundo e que não dá para entender porque demorou seis gerações para implementarem isso. Uma pena que na atual estejam tendo problemas para fazer isso funcionar. Foi o primeiro console a rodar DVDs.

Sobre o controle: Talvez o mais frustrante de todos, já que manteve todos os problemas do anterior (aliás, até o design é o mesmo) e a única melhora é que todos os botões agora são analógicos o que, convenhamos, não faz diferença nenhuma. Ah, sim, a vibração também é de série o que, a essa altura do campeonato, era o mínimo esperado pelos jogadores.

Sobre os jogos: O PS2 parece um Nintendinho moderno: tem apoio irrestrito de um zilhão de softhouses, o que faz com que exista uma variedade imensa de jogos (a não ser que você procure por beat’em ups, como eu). E já que tem um monte de gente fazendo jogos, a Sony só se preocupa em fazer um ou outro título, todos muito tremendões, como God of War e Shadow of the Colossus. Outra coisa que leva/levou muita gente a comprar esse console são os jogos mais físicos, como Guitar Hero e Dance Dance Revolution.

Pontos fortes: Grande variedade de jogos de alta qualidade. Franquias populares e exclusivas (ou quase), como Devil May Cry e GTA.

Pontos fracos: É feio pra burro, tanto na versão original como na slim, lançado posteriormente. O controle é o mais estúpido da história, pois não apresentou nenhuma evolução em relação ao anterior. Tecnicamente fraco. Gráficos não impressionam e o som surround não passa de um Dolby Pro Logic mequetrefe.

Carros-chefes: Dance Dance Revolution, Final Fantasy, Guitar Hero, God of War, Shadow of the Colossus, Metal Gear, Kingdom Hearts, Devil May Cry.

Gamecube

Fabricante: Nintendo

Lançamento: 2001

Sobre o console: Mais uma seqüência de péssimas decisões da Nintendo fizeram esse o maior fracasso comercial de sua história. A maior parte dos erros foi por pura teimosia em insistir no que já era um problema no 64, como a utilização de uma mídia diferente e inferior à dos outros consoles, no caso, um mini-DVD, com capacidade de apenas 1,5 Gb (contra 9 giga dos DVDs utilizados pelo PS2 e pelo Xbox). Além disso, aqui a empresa consolidou sua reputação de fazer videogames para crianças, o que foi uma péssima decisão, já que mais da metade do mercado é ocupado por jovens adultos e o restante por adolescentes. Com isso, a única força do console vem do carisma de suas franquias, como Zelda e Mario que, por si só, podem fazer com que alguém que cresceu na época do Nintendinho invista seu rico dinheirinho em um Gamecube. Aliás, um desses foi o Bruno aqui do DELFOS em uma decisão que, pelo que ele me disse na época, foi uma das piores da sua carreira de gamemaníaco. Sinceramente, é de se admirar a insistência da Nintendo em não ter desistido de fazer videogames depois de dois fracassos seguidos. A Sega deveria ter aprendido com ela.

Sobre o controle: Talvez o mais estranhudo da história, principalmente pelo formato, que parece um capacete para formigas. Tem duas alavancas analógicas, um direcional digital, quatro botões de ação que, além da ordem bizarra de sempre (ela não aprende mesmo), ainda estão dispostos em um formato deveras estranho e nada instintivo. Tem também dois botões de “ombro” e um gatilho.

Sobre os jogos: Esse eu só joguei uma vez e não foi o suficiente para formar uma opinião sobre os jogos. De qualquer forma, como todo videogame da Nintendo, a força está nos jogos fofos, sobretudo na franquia Mario.

Pontos fortes: Preço abaixo dos concorrentes. Personagens queridos por todos os gamers, sejam seguistas ou sonystas. O console realmente é um cubo, o que é bem engraçado.

Pontos fracos: Jogos principalmente infantis, mídia com baixa capacidade, tecnicamente o videogame mais fraco de sua geração (o que aqui começa a virar uma tradição, que será consolidada com o Wii, na próxima leva).

Carros-chefes: As franquias de sempre: Mario, Zelda e Starfox.

Xbox

Fabricante: Microsoft

Lançamento: 2001

Sobre o console: Ao contrário do PS2, esse é o console dessa geração que ninguém tem, pelo menos aqui no Brasil. Por causa disso, nunca joguei um desses. A exemplo do Dreamcast, foi lançado originalmente com um suporte online bem forte, graças ao serviço pago Xbox Live. Há algum tempo, me falaram que era possível você comprar um Xbox modificado, que rodaria jogos de todos os consoles anteriores que usavam CD. Não sei se isso é verdade, mas seria bem legal se fosse. Dizem que é bem problemático, dando erro de leitura e coisas do tipo.

Sobre o controle: Outro controle estranhão. Grande, tem seis botões na frente (mais start e back/select), duas alavancas e um direcional digital semelhante ao do Mega Drive. Como nunca joguei um Xbox, não posso dizer se o controle é bom ou não.

Sobre os jogos: A Microsoft foi também muito apoiada pelas softhouses. O Xbox viu o surgimento de grandes franquias, como Halo e o ressurgimento de uma antiga muito querida: Ninja Gaiden.

Pontos fortes: Tecnicamente o melhor de sua geração e com o serviço online mais desenvolvido.

Pontos fracos: Serviço online é pago. Controle é grande.

Carros-chefes: Halo, Ninja Gaiden.

A NEXT-GEN – 2005 a ?

A geração atual, cuja largada foi decretada há poucos meses, com o lançamento do Wii e do PS3 (o Xbox 360 saiu um ano antes). Vem cercada de muitas promessas, mas ao mesmo tempo de muitas decepções.

Xbox 360

Fabricante: Microsoft

Lançamento: 2005

Sobre o console: Tudo que tinha a dizer sobre ele está aqui.

Sobre o controle: Quatro botões em ordem lógica, direcional digital meio podre, duas alavancas analógicas, dois botões de ombro e dois gatilhos. Tem na ergonomia fraca seu principal defeito (e dane-se os prêmios por ergonomia que ele ganhou, para mim é bem desconfortável). Pilhas recarregáveis duram muito pouco (precisam ser trocadas praticamente todo dia). É sem fio.

Sobre os jogos: Ainda é cedo para dizer, mas fãs de games de ação old-school estão rezando para seguirem a linha de Gears of War, sem caixas para empurrar e com uma fase depois da outra. Seguindo a tradição do Xbox, tem uma grande quantidade de bons FPS e um bom apoio das softhouses.

Pontos fortes: Gears of War. Controle sem fio. É bonito pra caramba. Lançado oficialmente no Brasil. Gears of War. Som Dolby Digital 5.1 beira a perfeição. Acredito mais nele do que no PS3. Gears of War.

Pontos fracos: O console nacional é proibitivamente caro (3000 dinheiros) e alguns jogos lançados aqui chegam a custar mais de 200 reais, bem mais do que se você comprar diretamente de lojas online, como a Play-Asia. É o único console da geração sem controle com sensor de movimento. Retrocompatibilidade meio bichada, só roda alguns jogos seletos de seu antecessor e o console precisa estar conectada na internet para isso. Xbox Live é paga e a conexão é com fio (a não ser que você compre um adaptador que custa quase 100 doletas). Precisa de um acessório à parte para tocar HD-DVD. Roda apenas vídeos em formato WMV. Leitor de DVD costuma dar vários erros quando está carregando um jogo. Dá um trabalho do cão para comprar, já que você precisa ver datas de fabricação, ligar em nobreaks, coolers e coisas do tipo e mesmo assim é constantemente ameaçado pela possibilidade de tudo ir pro brejo com as três luzes vermelhas.

Carros-chefes: Gears of War, Halo 3 (ainda não lançado), Call of Duty 3, Viva Piñata, Dead Rising, Lost Planet.

Playstation 3

Fabricante: Sony

Lançamento: 2006

Sobre o console: Depois de lançar os dois consoles mais populares da história seguidos, a Sony cometeu o mesmo erro que a Nintendo pós-SNES e achou que ninguém podia mais com ela. Assim, decidiu forçar seu novo formato de mídia, o Blu-Ray, para os consumidores. Mas aí está o problema, ninguém quer um substituto para o DVD ainda, principalmente ao preço absurdo que estão cobrando pelo console (no Brasil, não sai por menos que 4000 reais). Resultado: até o momento, o console vendeu quatro vezes menos que o Wii (que foi lançado uma semana depois) e 10 vezes menos que o Xbox 360 (que saiu um ano antes). Um ensaio mais elaborado sobre o console pode ser lido aqui.

Sobre o controle: A mesma porcaria que o do PS2, mas agora trocando a vibração por um sensor de movimento colocado às pressas para competir com o Wii. Aliás, dizem por aí que ele é bem mequetrefe, mas como eu ainda não joguei, não posso falar nada.

Sobre os jogos: Por enquanto quase todos foram lançados também para Xbox 360 e dizem que existe muito pouca diferença entre as versões. O apoio irrestrito que as softhouses deram para os dois primeiros Playstations vem minguando, pois o PS3 parece ter um kit de desenvolvimento de jogos bem complicado. Assim, algumas de suas franquias exclusivas já estão migrando para o 360, ou, pelo menos deixando de ser exclusivas (vide Guitar Hero e Devil May Cry).

Pontos fortes: É o videogame tecnicamente mais avançado no momento. Retrocompatibilidade com os dois Playstations anteriores. O Blu-Ray possibilita mais espaço para armazenamento e, conseqüentemente, jogos maiores. Resta ver se os desenvolvedores vão aproveitar isso.

Pontos fracos: É caro pra dedéu e o preço não é justificado pela qualidade dos jogos, pelo menos até o momento. Visualmente, parece um George Foreman Grill. O controle repete os mesmos erros do passado e não traz nenhuma evolução significativa.

Carros-chefes: Até o momento apenas Virtua Fighter 5.

Wii

Fabricante: Nintendo

Lançamento: 2006

Sobre o console: O queridinho da nova geração. Todo mundo quer um Wii. TODO MUNDO! O motivo para tamanho hype é o controle, que parece ter um sensor de movimento tremendão que coloca o Wii não como um videogame, mas como um novo brinquedo completamente diferente. Isso fez com que surgisse um movimento chamado Wii60, que são jogadores que querem ter o 360 para suas necessidades gamísticas e o Wii simplesmente porque ele é divertido. Na verdade, este console vai completamente na contramão de todo o desenvolvimento tecnológico até o momento. Tecnicamente, ele é fraquíssimo e nunca vai conseguir competir com os outros nos quesitos gráficos e sons. Contudo, seu posicionamento é completamente diferente, é um console que foca na diversão em grupo, ao contrário da atividade solitária que jogar se tornou desde a geração dos 32/64 bits, quando os jogos se tornaram uma experiência longa e difícil de aprender. Pelo que é divulgado, o Wii é compatível com todos os jogos do Gamecube, o que é ótimo. Ainda não joguei um desses, mas fiquei bem decepcionado com a qualidade dos gráficos pelas fotos que vi. Acho muito legal e acertada a decisão da Nintendo de tentar recuperar o espaço que perdeu criando um console completamente diferente, mas ela não precisava e nem deveria ter aberto mão da qualidade técnica. Se o Wii fosse tecnicamente tão bom quanto o 360, sem dúvida essa geração estaria garantida para a Big N. Também é possível comprar jogos antigos pela Internet, inclusive alguns clássicos da grande rival do passado, a Sega (quem diria?). Leia uma detalhada resenha sobre o Wii clicando aqui.

Sobre o controle: Aqui é onde o Wii brilha, graças ao sensor de movimento. Existe o Wii-mote e o Nunchuck e ambos são necessários para alguns games. Para jogos antigos, existe o Classic Controller ou você pode simplesmente utilizar o controle do Gamecube.

Sobre os jogos: Existem pouquíssimos jogos exclusivos para o Wii. Dizem que as grandes franquias que saíram até o momento para ele, como Need For Speed e Call of Duty não são adequadas ao controle e são bem inferiores às suas contrapartes do 360 e do PS3, tanto em gráficos quanto em jogabilidade. Precisamos dar um tempo nessa área para que mais jogos específicos sejam fabricados, já que essa é exatamente a graça do Wii. Quem quiser jogar Need for Speed, sem dúvida vai ficar com o 360 ou com o PS3, então eu diria que nem adianta ficar lançando versões para Wii, que não é apropriado para games mais tradicionais.

Pontos fortes: Totalmente o controle! Se esse negócio funcionar bem, vai revolucionar a indústria e, se não funcionar, bem… é provável que vejamos jogos do Mario sendo lançados para o PS4 e para o Xbox 720.

Pontos fracos: Gráficos e sons nunca foram tão inferiores aos dos outros videogames da mesma geração. Poucos jogos até o momento.

Carros-chefes: Wii Sports e, aposto que num futuro próximo, as franquias Mario, Zelda e Starfox.










segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Games O Passar Do Tempo, A Evolução - Parte 1 !

O INÍCIO: Primeira geração (1972 a 1979) e segunda (1976 a 1984)

Muitas pessoas pensam que o Atari 2600 foi o primeiro videogame da história, mas isso é incorreto (o primeiro foi Pong, aquele joguinho semelhante a pingue-pongue em que dois paus ficam rebatendo um quadrado). O Atari 2600 foi, sim, o primeiro console a ser popularizado e seus concorrentes não chegaram nem perto de ameaçar a sua supremacia.

Atari 2600

Fabricante: Atari

Lançamento: 1977

Sobre o console: O Atari 2600 foi o primeiro console bem sucedido. Se você já leu esse texto, sabe da importância da minha mãe para a formação do meu gosto musical. O que você não sabe é que, também graças a ela eu entrei no mundo dos videogames. Eu esperava ansiosamente que ela chegasse do trabalho para jogarmos juntos o Atari, que na época chamávamos apenas de “videogame”. E eu tomava um coro feio da minha progenitora. Mas ela não perdia por esperar, pois quando chegou o Master System, a história mudou um pouquinho. Mesmo assim, a sensação de jogar Atari era quase como participar de um programa de TV. Era uma novidade, era algo diferente e que nunca mais vamos sentir, já que as crianças hoje já nascem com um videogame na sala, não tem aquela novidade de um novo entretenimento surgindo. Outras versões foram lançadas depois, o Atari 5200 e o Atari 7800, mas sem o mesmo sucesso e popularidade.

Sobre o controle: Era um quadrado com um botão e uma alavanca. Verdade seja dita, jogar Atari era uma experiência um tanto erótica. O problema é que a alavanca era muito pequena e deixava a maior parte da mão para fora. No caso dos videogames, tamanho é documento. Teve também um outro controle que era uma bolinha que você girava, quase um mouse, que servia para jogar games como Arkanoid.

Sobre os jogos: Aqui surgiram ou foram popularizados alguns dos maiores clássicos da história, como Donkey Kong, River Raid, Pac-man e Frogger, sem falar no meu preferido, que não é tão famoso, mas que é até mais legal que esses, Montezuma’s Revenge. Nome complicado para uma criança falar, então eu costumava chamá-lo simplesmente de “detetive”.

Pontos fortes: Não tinha concorrente. Na verdade, tinha, mas nenhum chegava nem perto (teve até um console da Sega, o SG-1000). Atari era sinônimo de videogame. Os jogos eram baratos e traziam ótimas adaptações de fliperamas.

Pontos fracos: Gráficos e sons eram péssimos, mas ninguém se preocupava com isso. A única coisa que realmente me incomodava era o tamanho da alavanca, mas tinha outras versões do joystick com alavancas maiores, então não chegava a ser um problema. Na verdade, podemos dizer que o Atari 2600 talvez tenha sido o videogame mais caprichado e com menos problemas da história (lembrando que não dá para comparar um videogame de 1977 com um de 2007, temos que analisá-lo de acordo com o contexto da época).

Carros-chefes: Donkey Kong, River Raid, Pac-man e Frogger.


OS 8 BITS – 1983 a 1987

Aqui a guerra começou: Sega X Nintendo. De um lado, milhões e milhões de seguidores da Big N. Do outro, o Rezek e eu defendendo com unhas e dentes a superioridade da Sega, perdendo em números, mas nunca em argumentos ou em qualidade dos jogos. ;)

Nintendo/Nes/Nintendinho/Family Computer/Famicom

Fabricante: Nintendo

Lançamento: 1983

Sobre o console: O Nintendinho (como foi carinhosamente apelidado depois do lançamento do Super Nintendo) foi um videogame extremamente bem sucedido (60 milhões de consoles vendidos), chutando dolorosamente a bunda da Sega (que vendeu 13 milhões de Master Systems). Claro que isso foi influenciado pelo fato de que o NES foi lançado três anos antes, mas ainda assim, por mais “Seguista” que eu seja, não dá para negar que este foi um console especial, que introduziu muita gente ao maravilhoso mundo dos games. Também tinha um sistema de cartucho interno (como um videocassete) o que, embora fosse muito mais um gimmick do que qualquer outra coisa, era bem legal. No Brasil, foram lançadas várias versões de “consoles compatíveis com Nintendo” (o que era uma forma bonita de dizer “não autorizados pela Nintendo” – embora acredito que alguns até fossem), dos quais o mais popular era, sem dúvida, o Phantom System.

Sobre o controle: Era retangular, tinha um péssimo direcional em cruz (coisa que a Nintendo nunca fez bem, já que direcionais em cruz sempre foram inferiores e ela nunca mudou isso), botão start (que também pausava o jogo), select (que sempre achei desnecessário, já que é bem mais prático fazer seleções com o direcional) e dois botões de jogo, A e B, que não seguiam a ordem lógica e dificultavam que jogadores casuais pegassem e saíssem jogando, pois tinham que ficar olhando para o controle a toda hora para ver que botões estavam apertando. Esse é um defeito que se mantém até hoje, em todos os consoles da Nintendo e por isso só vou comentar aqui. Nos demais presentes nessa lista, simplesmente acrescente “ordem dos botões” nos pontos fracos de todos os videogames da Big N. Muitos outros controles foram lançados, mas eu nunca vi nenhum deles. Teve até uma luva, que nunca entendi direito como funcionava.

Sobre os jogos: Aqui o NES brilhava. Foram lançados milhares de jogos, a maioria licenciados de programas de TV e filmes. Verdade seja dita: é muito mais emocionante jogar, por exemplo, com as Tartarugas Ninja do que com um ninja genérico. Além disso, a Nintendo era apoiada por um monte de softhouses e não deixava que as fabricantes lançassem seus jogos para os demais consoles, o que fazia com que várias franquias fossem exclusivas. Aliás, aqui surgiram muitas franquias que continuam até hoje com força total, como Castlevania, Mega Man, Metroid e, claro, o mascote da Nintendo e uma das melhores séries da história: Super Mario Bros. Lembro até hoje da primeira vez que joguei com o encanador bigodudo. Foi paixão à primeira vista e o que eu mais queria era que lançassem uma versão para o Master (ei, o que eu sabia de guerras de marcas naquela época?). Embora os jogos mais vendidos do console sejam, oficialmente, o primeiro e o terceiro Super Mario, um jogo que fez muito sucesso aqui no Brasil foi TMNT 2 ou o popular “Turtles Dois”, que todo mundo dizia ser igual ao do fliperama, mas que, embora fosse uma adaptação era, claro, bem inferior. Isso não me impediu de passar anos da minha infância sonhando com o dia em que eu teria um jogo das Tartarugas Ninja, o desenho do qual eu mais gostei na vida. Aliás, alguém lembra de Battletoads, chamado por aqui na época de “Sapos Ninja”?

Pontos fortes: Imensa variedade de jogos de qualidade, muitos licenciados de personagens famosos, como Tartarugas Ninja, Batman, Tico e Teco, etc. Era possível pausar pelo controle. Ensinou muita gente a gostar de videogame. Tinha jogos do Mario (outra característica que estará em todos os “pontos fortes” da Nintendo).

Pontos fracos: Botões invertidos, contrariando a ordem lógica. Gráficos bem fracos, especialmente as cores, sempre meio amarronzadas, deixavam muito a dever nesse aspecto ao Master System. Transformou muita gente em nintendistas. ;)

Carros-chefes: Super Mario, Turtles 2, Zelda e Yo! Noid (esse não fez tanto sucesso quanto os outros, mas eu o adorava).

Master System

Fabricante: Sega

Lançamento: 1986

Sobre o console: Fala sério, esse foi meu primeiro videogame (o Atari era da minha mãe), nada mais natural do que eu ter um carinho todo especial por ele. Particularmente, ainda o acho um dos videogames mais bonitos da história. Eu adoro aquele detalhe vermelho no meio. O Master System era tecnicamente bem superior ao Nintendinho (também pudera, saiu três anos depois), mas nunca atingiu o mesmo sucesso. Apesar disso, foi, aqui no Brasil, possivelmente o console com a maior duração de todos e recebeu inclusive uma versão wirelessem 1994. Tinha como maior gimmick um óculos 3D para o qual pouquíssimos jogos foram desenvolvidos e o efeito 3D deixava muito a desejar. Além disso, o óculos era desconfortável e dava dor de cabeça, o que fazia com que, alguns minutos depois de jogar com ele, você optasse por mudar para a versão 2D do jogo. Quando foi lançado no Brasil pela Tec Toy, o Gênesis já existia nos EUA. Provavelmente a Tec Toy optou por lançar um console mais barato para testar o mercado e, com o sucesso, lançou o Mega Drive cerca de um ano depois, enfurecendo crianças que passaram meses convencendo os pais a comprar um Master para depois ter que fazer isso novamente pouco tempo depois.

Sobre o controle: Nesse ponto, a Sega sempre mandou melhor que a Nintendo. O controle do Master era retangular e com dois botões, semelhante ao do Nintendinho, mas com um ótimo direcional. Além disso, os botões, chamados 1 e 2, seguiam a ordem lógica. O único problema é que não tinha pausa pelo controle (você precisava ir até o console para pausar). Teve também uma pistola para jogos de tiro, talvez a única do gênero a realmente se tornar popular na história dos games.

Sobre os jogos: Não tinha a mesma variedade de jogos do concorrente, já que quase todos os jogos eram fabricados pela própria Sega (a Nintendo nessa época se limitava a fazer quase exclusivamente jogos do Mario, já que tinha um zilhão de outras softhouses para cuidar disso), mas vou dizer, a Sega mandava muito bem nesse aspecto. Jogos legais para o Master System não faltam. Black Belt, por exemplo, foi o primeiro beat’em up que joguei e foi, por muito tempo, um dos meus preferidos. Isso sem falar em Alex Kidd, Sonic (que surgiu bem mais tarde), Shinobi, California Games (o popular “Jogos de Verão”), Golden Axe, Castle of Illusion (o jogo do Mickey) e tantos outros grandes clássicos da minha infância e, possivelmente, da sua também. Teve alguns títulos adaptados para o mercado brasileiro, como Wonder Boy in Monster Land, que virou Mônica no Castelo do Dragão, mas também teve alguns 100% desenvolvidos em terras tupiniquins, como Sítio do Pica-Pau Amarelo e Castelo Ra-Tim-Bum, o que, pelo que sei, nunca tinha sido feito antes e nem foi repetido depois com outros consoles.

Pontos fortes: Gráficos e sons. Controle tinha um bom direcional e botões que seguiam ordem lógica. Ótimos jogos, capazes de rivalizar com os também fenomenais games da concorrência e alguns inclusive desenvolvidos para o mercado brasileiro. Meu primeiro videogame. ;)

Pontos fracos: Óculos 3D que não funcionava direito. Falta de pausa pelo controle. Pouca variedade de jogos.

Carros-chefes: Alex Kidd, Sonic, Shinobi, California Games, Golden Axe, Castle of Illusion


OS 16 BITS – 1987 a 1996

Aqui a guerra foi declarada de vez! A Sega literalmente agarrou a Nintendo pela garganta disposta a arrancar a coroa nem que tivesse que jogar sujo atacando diretamente a “inimiga” (através de propagandas como “Genesis does what nintendon’t”, trocadilho que significa algo como “Genesis faz o que a Nintendo não faz”). Aliás, a competição nunca foi tão acirrada como nessa geração. As softhouses começaram a fazer jogos para diversas plataformas, o que deixava as diferenças entre eles quase cosméticas. De qualquer forma, por mais fanáticos que os seguistas e os nintendistas fossem (e eram), algumas franquias simplesmente ficavam melhores em determinados consoles, já que eles tinham características bem diferentes e, de certa forma, até complementares (eu colocaria os dois, inclusive, como os melhores videogames da história – lembre-se, adequando-os à época do lançamento). Quase todo adolescente nos anos 90 tinha o Mega Drive ou o Super Nes (muitos sortudos – dos quais infelizmente nunca fiz parte – tinham os dois) e era muito comum grandes amizades começarem com a simples pergunta “que videogame você tem?”. Chamar alguém para ir à sua casa jogar videogame era comum, já que quase todos os jogos permitiam partidas cooperativas. Era inclusive possível ter uma boa idéia da personalidade do cara pelo simples fato de ele preferir a Sega ou a Nintendo (nessa época, o Rezek e eu ganhamos reforços e a diferença de popularidade entre as duas não era tão discrepante como nas gerações anteriores e nas seguintes). Foi a geração mais longa de todas e, sem dúvida, a mais rica. Foi uma época mágica da qual eu acredito que todos os gamers de mais de 20 anos vão sempre lembrar com carinho.

Mega Drive/Genesis

Fabricante: Sega

Lançamento: 1988

Sobre o console: O principal console da minha história e, tenho certeza, de muitos delfonautas também. Não foi o primeiro 16 bits (título que fica para o Turbografx-16), mas, assim como aconteceu com o Atari na segunda geração, foi o primeiro a se popularizar. Inicialmente, o objetivo da Sega era aumentar sua participação no mercado contra o Nintendinho e, por causa disso, o Mega Drive tinha jogos com conteúdo mais adulto, como o RPG The Immortal, a primeira vez que eu vi um monstro sendo fatiado ao meio em um videogame (e isso era bem mais assustador naquela época). Isso se tornou uma ótima jogada, principalmente quando a violência em games se tornou moda e a Nintendo, teimosa que só ela, não aceitava que seus jogos tivessem sangue. Logo, claro, a Big N lançou o Super Nintendo e daí a briga começou para valer. Para dar umas porradas no Mario e alcançar parte do público infantil, a Sega decidiu substituir seu antigo mascote, o Alex Kidd (aquela coisa bizarra que ninguém sabia se era um moleque ou um macaco), pelo porco espinho mais tremendão da história: Sonic. Os jogos do Sonic tinham como objetivo serem versões mais descoladas do inocente Mario e foram muito bem sucedidos nisso. Sonic e Mario se tornaram inimigos tão mortais quanto suas fabricantes e ambos eram, discutivelmente, os melhores jogos de cada console. Eles tinham que competir não apenas em videogames, mas em diversos produtos, como lancheiras e desenhos para a TV. O Mega Drive também foi o primeiro console a ter algum tipo de funcionalidade online, mas a experiência foi um fracasso. Teve uns acessórios turbinadores que eram basicamente outros videogames que dependiam do console para funcionar, mas falamos disso em breve. Por fim, foi o primeiro a apresentar o conceito de retrocompatibilidade, embora para jogar títulos de Master, fosse necessário um adaptador vendido separadamente.

Sobre o controle: Foi a primeira vez que um controle tinha um formato mais ergonômico. Tinha três botões (A, B e C, em ordem alfabética) e o start, além de um direcional tremendão. Posteriormente, com a moda dos jogos de luta, a Sega lançou um controle com seis botões (acrescentando X, Y e Z acima dos anteriores) e ainda um botão “de ombro”, chamado Mode. O controle e a jogabilidade no geral eram fatores em que o Mega era incomparável. Era inegavelmente muito mais fácil dar Shouryukens e coisas do tipo no console da Sega do que no da Nintendo, primeiro porque o controle era muito mais bem desenvolvido e depois porque a resposta do Super Nes era bem mais lenta, como ficava muito claro em jogos como Mortal Kombat.

Sobre os jogos: Muitos beat’em ups (bons tempos), RPGs, ótimas adaptações de fliperamas e jogos fofos de plataforma habitaram a gameografia deste console, sem falar de muitos completamente inovadores, como o maravilhoso Toe Jam & Earl, que mantenho até hoje como uma das minhas franquias preferidas e como um dos games mais engraçados da história (rivalizando nesse quesito até com a fenomenal série Monkey Island). Embora as outras softhouses agora fizessem jogos para a Sega, ela não se acomodou e criou a maioria dos clássicos do sistema. Contudo, algumas softhouses, como a Konami, nitidamente preferiam fazer jogos para a Nintendo, já que suas grandes franquias, como os jogos das Tartarugas Ninja, nunca foram tão bons nos consoles da Sega. Outro exemplo é o atraso no lançamento de Street Fighter II, carro-chefe do Super Nes e que ficou anos sendo desenvolvido para Mega (provavelmente por lobby da Big N). Por outro lado, em jogos baseados em desenhos da Disney, o Mega Drive brilhava, graças à desenvolvedora Virgin, amiga de longa data da Sega.

Pontos fortes: Jogabilidade fenomenal para a época, deixava o Super Nintendo no chinelo, principalmente em jogos de luta. Teve um novo fôlego com os acessórios turbinadores. A maior parte dos jogos saía no Brasil e podiam ser comprados por preços acessíveis em qualquer supermercado. Sem frescuras: se um jogo precisava de sangue, ele teria sangue. Mortal Kombat que o diga. Na minha opinião de garoto sega, o melhor videogame da história.

Pontos fracos: Gráficos e sons muito inferiores aos do Super Nes. Era comum as vozes parecerem estar sendo ditas por bocas fechadas. Algumas softhouses, como a Konami, pareciam sabotar os jogos que faziam para a Sega, enquanto criavam maravilhas para o Super Nes.

Carros-chefes: Toda a série Sonic, Streets of Rage, Golden Axe, Mortal Kombat (com sangue e fatalities iguais aos do fliperama), Toe Jam & Earl, Pit Fighter, Street Fighter e jogos de luta no geral.

Super Nintendo/Super Nes/Super Famicom

Fabricante: Nintendo

Lançamento: 1990

Sobre o console: Se o Mega Drive foi, para mim, o melhor videogame da história, o Super Nintendo sem dúvida chegou bem perto. Tecnicamente poderosíssimo para a época, permitia adaptações de fliperamas com pouquíssimas diferenças. Inclusive, um de seus títulos mais populares foi Street Fighter II, uma transcrição fidelíssima do arcade. Tamanho poder, contudo, não vinha de graça e o SNES (como foi apelidado pelas revistas de games da época) apresentou aos jogadores o conceito de “loading”. No geral, duravam apenas alguns segundos, mas foi a primeira vez que as pessoas se tocaram que as fases precisavam ser carregadas uma por vez (ou, em alguns casos, mais de uma vez em uma fase), já que no Mega Drive e nos consoles anteriores era praticamente instantâneo. Isso também era refletido na jogabilidade e alguns títulos, como Mortal Kombat, tinham uma resposta ridiculamente lenta para os controles (acredito que, nesse caso, o personagem demorava cerca de um segundo para fazer o que você mandou). No geral, quando um jogo saía para o Mega e para o SNES (tirando os casos das fabricantes nintendistas, como a Konami), este último tinha gráficos e sons bem melhores, mas o do console da Sega tinha uma jogabilidade ridiculamente superior e a ação rolava de forma bem mais rápida e dinâmica, o que deixava o jogo bem mais divertido, na minha opinião. Um bom exemplo dessas características é o próprio Mortal Kombat (e isso sem falar do sangue).

Sobre o controle: Era quase retangular (menos anatômico que o do Mega), mantinha o péssimo direcional em cruz e os botões fora de ordem (desta vez, quatro deles, o que deixava quase impossível que jogadores casuais decorassem qual era qual e tínhamos que ficar pausando o jogo para olhar para o controle sempre que alguém falava algo como “aperta o Y”). Manteve o inútil botão select e teve, como inovação, os botões “de ombro”, L e R que, curiosamente, tinham o nome correto (o da direita era o R e o da esquerda o L e não o contrário, como todo mundo esperava da Nintendo – naquela época ninguém sabia que a ordem invertida era porque a Big N teimava em seguir o padrão oriental o que, aliás, não faz sentido, pois deveria, então, usar as duas primeiras letras do alfabeto japonês). Apesar do bom conceito dos botões de ombro, é possivelmente um dos controles mais mequetrefes da história, graças ao direcional, à péssima ergonomia e à ordem bizarra dos botões “de jogo”. Quando falo disso, alguns nintendistas dizem “quão difícil pode ser decorar quatro botões?”. E quanto a isso, eu respondo que, se você tem o console, acaba acostumando, mas se você, como eu e tantos outros jogadores casuais, jogava Super Nes só quando ia na casa de algum amigo que tinha o console, era simplesmente menos intuitivo do que um controle tem que ser.

Sobre os jogos: Adaptações fidelíssimas de fliperamas deixavam os jogadores impressionados com a capacidade técnica do console. Mortal Kombat, por exemplo, era graficamente idêntico ao original. Além dos tradicionais jogos do Mario (que sempre foram maravilhosos), teve como principal lançamento um Street Fighter 2 virtualmente idêntico ao arcade (prejudicado apenas pela jogabilidade do console e pela falta de seis botões na frente), que fez com que muita gente comprasse o SNES única e exclusivamente para jogá-lo. Embora, desde essa época, estivesse programada também uma adaptação para Mega, a Capcom enrolou por muito tempo para lançá-la, provavelmente por lobby da Nintendo, que não queria perder sua galinha dos ovos de ouro. A Capcom também mandou ver numa versão do beat’em up clássico Final Fight que, embora tenha uma fase e um personagem a menos que o original, ainda era um dos grandes jogos do console. Tinha também a parceria com a Konami, que fazia jogos tremendões das Tartarugas Ninja, como Turtles in Time e Tournament Fighters e que, para Mega, fazia coisas extremamente meia boca (o Tournament Fighters de Mega parece ter sido feito por alguém que nunca jogou videogames de tão ruim, com certeza o colocaria entre os piores jogos da história). A Nintendo, por si só, fazia pouquíssimos jogos, mas os que fazia se tornavam imensos sucessos, mesmo que não fossem do Mario. Como exemplo, cito o fenomenal Star Fox (que tinha gráficos terríveis, mesmo para a época, mas que é possivelmente um dos games mais divertidos da história) e F-Zero.

Pontos fortes: Gráficos e sons. O console tinha capacidade de criar vozes cristalinas e imagens coloridíssimas, possibilitando jogos tecnicamente impressionantes. Além disso, tinha jogos muito bons. Ah, e teve Street Fighter alguns anos antes do Mega.

Pontos fracos: Jogabilidade e tempos de loading. Era mais difícil encontrar jogos de SNES do que de Mega para comprar e eles eram mais caros. Preciso falar da ordem dos botões e do direcional em cruz?

Carros-chefes: Super Mario World, Mario Kart, Zelda, Street Fighter, Star Fox, Tartarugas Ninja.

Neo Geo

Fabricante: SNK

Lançamento: 1990

Sobre o console: O fliperama que muda de jogo. Era assim que todo mundo se referia ao Neo Geo que, na época, era sinônimo de poder. Os nerds viam jogos como Art of Fighting na locadora e inundavam o local de babas, graças aos gráficos quase perfeitos e a seus personagens do tamanho da tela. Infelizmente, babar era tudo que a maior parte de nós podia fazer, já que o Neo Geo era ridiculamente caro, tanto o console quanto os jogos. Posteriormente, foi lançado uma versão cujos jogos eram em CD que, ao invés de melhorar o console, teve o objetivo de piorar para baixar o preço. Embora o Neo Geo CD ainda fosse bem poderoso, os gráficos eram um pouco inferiores aos originais e os tempos de loading eram enormes, tão longos que normalmente tinham mini-games para entreter os jogadores enquanto a fase carregava. Agora, considerando que a maior parte dos bons jogos de Neo Geo eram de luta, imagine esperar mais de um minuto cada vez que for iniciar uma batalha nova. Não é nada legal.

Sobre o controle: Era grande e feio, praticamente um pedaço de uma máquina de fliperama arrancada. Você tinha que colocar o dito cujo no seu colo para jogar e, ao invés de um direcional, tinha uma alavanca igual ao dos arcades, além de quatro botões, em uma única fileira. Rivaliza com o do Super Nes como um dos piores da história. Talvez até ganhe.

Sobre os jogos: A SNK era consagrada como uma ótima fabricante de jogos de luta para fliperama, como Fatal Fury, Art of Fighting e, posteriormente, seu maior sucesso, King of Fighters. Ela simplesmente lançava esses jogos em cartucho para seu console caseiro, sem tirar nem pôr e esse era o grande appeal do Neo Geo (ter fliperamas em casa), mas isso também era um de seus principais problemas (pouca variedade de gêneros).

Pontos fortes: Os jogos de luta. Gráficos e sons nunca impressionaram tanto os jogadores.

Pontos fracos: Preço, pouca variedade de jogos, tempos de loading (na versão CD).

Carros-chefes: Fatal Fury, Art of Fighting, King of Fighters.

Sega-CD/Mega-CD e 32X

Fabricante: Sega

Lançamento: 1992 (Sega-CD) e 1994 (32X)

Sobre o console: Nunca um passo de gerações foi tão diferente quanto com o Sega-CD (que, na verdade, era da mesma geração, tanto ele quanto o 32X eram só acessórios turbinadores para o Mega). Palavras não conseguem descrever minha sensação de euforia quando, após instalar meu Sega-CD, coloquei Sewer Shark (jogo que vinha com o console) e, pouco depois, eu estava jogando um filme, com atores e vozes reais! O único problema era a quantidade de cores, que era a mesma do Mega, o que deixava os gráficos pontilhados. Agora o som, quanta diferença. Pela primeira vez, era possível encontrarmos músicas cantadas em jogos, sem falar vozes gravadas por atores reais. Eu fico tentando pensar o que deu errado no mundo dos games pois se, há 15 anos, jogávamos filmes e desenhos animados em nossas salas, sempre achei que hoje estaríamos jogando hologramas. Eu realmente sinto falta de jogos filmados e era muito legal ter a possibilidade de vermos novas seqüências em live-action com os personagens de Star Wars (em Jedi Knight, de PC), por exemplo, filmadas especificamente para um jogo. Bons tempos. Já o 32X foi o último suspiro do Mega e foi um fracasso. Teve pouquíssimos jogos lançados e, embora melhorasse substancialmente os gráficos e sons originais, não podia encarar a nova geração que estava surgindo. Saíram, inclusive, alguns jogos que utilizam tanto o 32X quanto o Sega-CD, mas eu nunca consegui colocar minhas mãos em um. Dizem, inclusive, que o fato de a Sega ter abandonado o 32X muito rápido, fez com que os consumidores que o tivessem comprado se sentissem traídos e isso contribuiu para a decadência da tremendona suprema nas duas gerações seguintes.

Sobre o controle: Ambos usavam o mesmo controle do Mega.

Sobre os jogos: Para Sega-CD, eram basicamente jogos filmados ou em animação, como Dragon’s Lair, Night Trap (provavelmente foi daqui que surgiu a inspiração para o programa Big Brother), Sewer Shark e os maravilhosos Road Avenger e Tomcat Alley. A maior parte dos outros jogos, contudo, eram versões de jogos que já existiam no Mega, com o som melhorado e os mesmos gráficos, o que era um tanto frustrante. Sonic CD era um bom exemplo disso, já que tinha gráficos inferiores ao Sonic 2, de Mega. Outro bom exemplo é Hook, jogo que não saiu para Mega, mas que mesmo assim perdia para a versão do SNES em gráficos. Contudo, uma ótima adaptação foi feita para o clássico Final Fight que, inclusive, superou o original de fliperama. Já os de 32X não tinham filmes ou animação, mas melhoravam bastante os gráficos. Dos poucos jogos lançados, se destacam Doom, Virtua Racing Deluxe e Mortal Kombat 2 (a melhor adaptação de arcades feita nessa época).

Pontos fortes: No Sega-CD, o som e a possibilidade de jogar um filme. No 32X, os gráficos.

Pontos fracos: O Sega-CD só mudava o som e a capacidade de armazenamento em comparação ao Mega, sem falar que poucos jogos saíam no Brasil. Os tempos de carregamento pela primeira vez realmente começaram a encher o saco. Já o 32X não teve tempo suficiente para vingar e pouquíssimos jogos foram lançados.

Carros-chefes: No Sega-CD, temos Dragon’s Lair, Night Trap, Sewer Shark, Road Avenger, Tomcat Alley, Sonic CD e Final Fight CD. No 32X, temos o divertido Tempo, Virtua Fighter, Virtua Racing Deluxe, Doom e o Mortal Kombat 2.







Primeiro trailer de 'Resident Evil: Retribution' em Dezembro !

Milla Jovovich divulgou mais novidades sobre 'Resident Evil: Retribution'.

Segundo a atriz, o primeiro trailer deve sair próximo ao Natal deste ano.


Ela também revelou que a história do quinto filme deixa um gancho para o sexto, que contaria novamente com Wentworth Miller e Ali Larter no elenco.

"Os fãs que vão decidir se querem mais um", disse.


Sienna Guillory retorna como Jill Valentie, e Milla Jovovich volta a viver Alice. O elenco ainda conta com Michelle Rodriguez, Colin Salmon, Shawn Roberts e Boris Kodjoe. Johann Urb, visto brevemente em '2012', ficará com o papel de Leon Scott Kennedy, oficial da polícia de Raccoon City A chinesa Li BingBing ('O Reino Proibido') foi escolhida para viver Ada Wong, agente secreta chinesa que apareceu nos vídeogames 'Resident Evil 2' e 'Resident Evil 4'.

Paul W.S. Anderson retorna como roteirista e diretor. Ele roteirizou todos os filmes, e dirigiu o primeiro e o quarto.

O longa terá cenas gravadas em Toronto, Canadá e Tóquio, Japão.

'Resident Evil: Retribution' estreia em 14 de Setembro de 2012.

Lançado em 2002, o primeiro filme arrecadou mundialmente mais de US$ 100 milhões. A continuação, 'Resident Evil 2: Apocalipse', que chegou aos cinemas em 2004, obteve bilheteria de cerca de US$ 130 milhões. 'Resident Evil 3: Extinção' fez US$ 150 milhões.

Com a ajuda do ingresso mais caro do 3D, 'Resident Evil 4: Recomeço' arrecadou US$ 290 milhões mundialmente.

A franquia é baseada numa série de videogame criada no Japão e responsável por popularizar o gênero do "survival horror'' nos games.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

20 Anos Sem O Gênio ! Freddie Mercury !

O Queen nunca esteve na moda nem foi uma banda queridinha da crítica --o que não impediu que vendesse mais de 300 milhões de discos no mundo todo e se tornasse um fenômeno de shows em estádios. O Queen, aliás, foi o primeiro grupo estrangeiro a, no auge da carreira, se apresentar no Brasil, num show megaproduzido, em 1981, no Morumbi (São Paulo). 

Aos 40 anos, e coincidindo com os 20 anos de morte de Freddie Mercury, completados nesta quinta-feira (24), o grupo britânico ganha uma biografia, "Queen - História Ilustrada da Maior Banda de Todos os Tempos", que acompanha sua trajetória desde a origem universitária até os concertos apoteóticos pelo mundo afora, e tenta desvendar o que está por trás desse amor incondicional dos fãs e da relação conflituosa com a crítica.

No caminho, revela o processo de criação de sucessos como "Bohemian Rhapsody", "We Are the Champions", "Another One Bites the Dust" e de discos que marcaram sua carreira, com vislumbres da vida pessoal de seus integrantes. 

O título é bem bobo, mas serve para indicar onde se concentra o foco do livro: as mais de 500 imagens, entre fotos de arquivo pessoal dos integrantes, fotos de shows, reproduções de convites, panfletos, capas de disco, ingressos e outras preciosidades gráficas relacionadas ao Queen, como trechos de uma história em quadrinho da série "Rock N' Roll Comics", de Todd Loren.

A história do grupo é contada por meio de depoimentos de integrantes da banda, empresários, produtores e fãs ilustres, como Slash (Guns N' Roses), Rob Halford (Judas Priest) e Tommy Lee (Mötley Crue). A discografia completa ganhou resenhas inéditas de um time de jornalistas de música que atuam em grandes revistas especializadas e jornais, como "Mojo", "NME",  "Q Magazine", "The New York Times", "Billboard", "Spin" e outras. É pena que o texto original tenha sido desfigurado por uma tradução descuidada.

O livro não traz nenhuma grande revelação, mas o conjunto do material é testemunho da inventividade de um grupo único, que, em seus momentos mais inspirados, conseguiu levar ao grande público uma música ao mesmo tempo sofisticada e popular. O que não é pouca coisa.


A banda do início aos dias atuais
O Queen foi uma banda concebida e gestada no ambiente universitário londrino. O guitarrista Brian May era físico e fazia mestrado em astronomia. Roger Taylor, estudante de odontologia, chegou a ele por meio de um anúncio deixado no quadro de avisos na faculdade, que solicitava um baterista para formar uma banda.

Tempos depois, Freddie Mercury, aluno do curso de história da arte, apareceu, apresentado por um amigo comum. O baixista John Deacon, estudante de eletrônica, foi o último a se juntar ao grupo, a convite de May.

Por conta de seu ecletismo, a crítica nunca os levou muito a sério e nem os tratou com a mesma deferência concedida a outros artistas contemporâneos seus, como Led Zeppelin, David Bowie e Alice Cooper --embora todos esses tivessem admiração pelo Queen. 

No começo, a banda fazia uma música que não era nem heavy metal, nem progressiva, nem glam, embora flertasse com elementos desses estilos. Depois veio o punk, e o Queen era demasiadamente "musical" para aderir ao movimento dos três acordes. 

Nos anos 80, o grupo se aventurou pela discoteca e a dance music, e foi criticado por abandonar as raízes roqueiras. Além disso, Freddie Mercury era considerado pela imprensa musical inglesa como um cabeça oca arrogante e megalomaníaco. Enquanto a moda era a "anarquia" punk, ele declarava que sua "missão" era "levar o balé às massas".

Freddie foi o responsável também por transmitir à banda a sua obsessão com o universo gay sadomasoquista que ele tinha acabado de descobrir, no início dos anos 80, e imprimir o visual "couro e bigode" que ficou para sempre associado a ele e ao Queen. "Nunca fomos considerados um grupo da moda", declarou May recentemente a um programa da TV inglesa BBC, o que, para ele, foi uma vantagem para o grupo, que se sentiu mais "livre".

E o público adorava aquela variedade de estilos e visuais embalada com tamanha dramaticidade e um senso de humor peculiar. Os arroubos operísticos de "Bohemian Rhapsody", a interpretação à la Presley de "Crazy Little Thing Called Love", o romantismo delicado de "Love of my Life" ou o escracho de "Fat Bottomed Girls". 

Os fãs amavam sobretudo a persona espetaculosa e magnética de Mercury, com seus saltos acrobáticos, gestos exagerados e potência vocal a toda prova. Quando ele morreu, em 1991, de complicações de saúde decorrentes da Aids, há anos o Queen já não fazia shows --nem emplacava um grande sucesso nas paradas. 

Mesmo assim, 72 mil pessoas lotaram o show em sua homenagem, feito pelos remanescentes da banda com participações especiais (revezaram-se nos vocais Bowie, Liza Minnelli, Robert Plant e George Michael, entre outras grandes estrelas da época). Televisionado para 76 países, o show teve uma audiência estimada de cerca de um bilhão de pessoas. Números que combinam com a grandiosidade que marcou a trajetória do Queen.

Após a morte de Mercury, o baixista John Deacon deixou o grupo e a carreira musical --nem sequer compareceu à introdução da banda à Galeria da Fama do Rock em 2001. May e Taylor continuam a gravar e fazer shows, com a participação de Paul Rodgers nos vocais, e, mais recentemente, com o ex-"American Idol" Adam Lambert. 

E para 2012, o grupo promete o lançamento de faixas inéditas: duetos nunca antes lançados de Freddie Mercury com Michael Jackson, gravados no início dos anos 80. Como diz um dos maiores sucessos do Queen, "o show tem que continuar". 
TRECHOS DO LIVRO
"O Queen é uma banda que as pessoas amam ou odeiam, sem meio-termo - e tudo bem."(Roger Taylor, sobre seu grupo, em 1978)
"Querido, nós somos a banda mais sacana da Terra" (Freddie Mercury, à 'Melody Maker', em 1974)
"Às vezes, as pessoas acham que sou um ogro" (Freddie Mercury, em 1974)
"Ele podia ser muito doce e até modesto… e depois te arrancaria a cabeça" (Rob Halford sobre Freddie Mercury)
"A América do Sul foi uma aventura. As pessoas me diziam que não podíamos tocar em lugares grandes, que íamos ter prejuízo, que a gente não sairia de lá vivo" (Brian May sobre a turnê pelo Brasil e Argentina, em 1981)
"O produtor Mack arrastou-os para novas técnicas radicais (…) em 'Another One Bites the Dust', influenciada pela banda Chic, com base em loop de bateria, um piano primoroso, címbalos e palmas. (…) Roger Taylor odiou a canção. Disse: 'Isso não é rock and roll; que porra é essa que estamos fazendo?"
"Os exageros vazavam da música para a nossa vida e tornavam-se uma necessidade. Estávamos sempre tentando chegar a um lugar que jamais fora alcançado antes, e os excessos faziam parte disso" (Brian May sobre o estilo de vida da banda, no final dos anos 70)
"Certa tarde, quando o Queen estava trabalhando na sala de controle, Sid Vicious entrou tropeçando pela porta e disse a Freddie: 'Você já conseguiu levar o balé para as massas?'. Freddie levantou-se de forma casual, andou até Sid e fez um gracejo: 'você não é o Stanley Ferocious?'. Daí, pegou-o pelo colarinho e jogou-o para fora da sala" (Sobre o encontro entre o vocalista do Queen e o baixista dos Sex Pistols, enquanto as duas bandas dividiam um estúdio, em Londres)





















Biografia Freddie Mercury 

Nasceu como Farokh Bommi Bulsara, no dia 5 de setembro de 1946, em Zanzibar (atualmente parte da Tanzânia). Seus pais, Bomi e Jer Bulsara, eram persas. No colégio os colegas começaram a chamá-lo de Freddie, nome que a família acabou adotando. A música a que ele tinha acesso era principalmente indiana, mas também escutava algumas obras de origem ocidental. Ele ficava cantando sozinho e preferia a música às tarefas escolares. Freddie começou a aprender a tocar piano. Tornou-se também membro do coral e participava regularmente nas produções teatrais da escola. Ele adorava as aulas de piano e se empenhou nelas com determinação.Em 1964, muitos dos britânicos e indianos, devido a distúrbios políticos, deixaram Zanzibar, embora não tenham sido pressionados. Entre os que saíram, estavam os Bulsara, que foram para Inglaterra. Freddie tinha 17 anos e decidiu que queria ir para uma faculdade de Arte. 


Seu histórico e suas habilidades naturais garantiram que ele fosse aceito pela Faculdade Ealing de Arte e em setembro de 1966 Freddie começou um curso de Ilustração gráfica. 

Um de seus colegas de classe era o baixista Tim Staffell, de quem Freddie se tornou grande amigo. Assim que sua amizade com Tim aumentou, Tim levou Freddie para participar dos ensaios de sua banda chamada Smile. 

Apesar de Freddie gostar do som da banda, ele estava comprometido em seus próprios projetos e participou ora como vocalista, ora como guitarrista de outras bandas. Isso até abril de 1970, quando a banda Smile é reformulada e Freddie acabou ficando de vocalista. Freddie decide mudar o nome da banda para Queen, e também, resolve mudar seu nome para Mercury. 

Mercury (mercúrio) foi escolhido, reza a lenda, por dois motivos: um por ser o deus dos mensageiros e outro por ser o planeta do seu signo ascendente. Também em 1970, Freddie conheceu Mary Austin, eles viveram juntos por 7 anos e se mantiveram bons amigo até o final de sua vida (inclusive a casa de Freddie em Londres é dela hoje). 

Além do sucesso espetacular com o Queen, Freddie teve trabalhos solos de grande sucesso, tais como: Barcelona, Álbum e Mr. Bad Guy. 

Dia 24 de novembro de 1991, Freddie morreu em sua casa em Londres, de pneumonia que 
decorreria da Aids, um dia após ter declarado publicamente que estava com a doença. 

Em uma declaração um pouco antes de morrer, Freddie dá a melhor definição de si mesmo: "Você é a ultima pessoa com quem falo.... provavelmente vai ter a melhor entrevista, meu caro. Não quero mudar o mundo. O que mais me importa é a felicidade. Quando estou feliz, meu trabalho reflete. No final, os erros e as desculpas são minhas. Gosto de sentir que estou sendo honesto. No que me compete, quero aproveitar a vida, a alegria, a diversão, o máximo que puder nos anos que ainda me restam. Pronto, já gravou? Agora, use. Foi o mais perto que cheguei a me emocionar em uma entrevista." 

Freddie foi cremado e não há túmulo que os fãs possam visitar. Em 1992 foi erguida uma estátua em sua homenagem em Montreux, na Suíça